Aumento do atentados e ataques em escolas leva ao questionamento sobre a real necessidade de vigilantes em escola para ampliar a segurança.
No final de março, mais um caso de atentado em escola chocou o país. Um jovem de 13 anos esfaqueou quatro pessoas em um colégio em São Paulo, uma professora morreu, outras duas e um aluno ficaram feridos.
Um dia depois que o caso aconteceu, foram registradas mais quatro tentativas de ataques, duas em escolas de São Paulo, uma no Rio de Janeiro e outra em Blumenau. Em um desses locais, a tragédia só não aconteceu porque os vigilantes agiram rápido e detiveram a mãe – eles eram funcionários do Grupo Albatroz.
Segundo um levantamento feito pelo Instituto Sou da Paz, no final de novembro do ano passado, desde 2003 o Brasil registrou 11 episódios de ataques com armas de fogo em escolas brasileiras.
Uma pesquisa do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp mostra que, nos últimos 21 anos, pelo menos 23 escolas do Brasil registraram ataques de alunos e ex-alunos.
Esses episódios abrem margem para um assunto importante: vigilantes devem atuar em escolar e como devem agir? A função dos profissionais que trabalham com a segurança patrimonial é proteger o lugar e garantir o bem-estar de todos que estão naquele ambiente. Nas escolas, a atuação dele precisa estar presente, porque dá tranquilidade para quem está lá.
+ 4 razões para você contar com o serviço de segurança patrimonial
Além de poder impedir situações como a que ocorreu na escola de São Paulo, os vigilantes também podem evitar que infratores entrem no local e roubem itens básicos de educação, casos que vira e mexe ganham repercussão nas mídias. Esses utensílios, muitas vezes, podem ser os próprios fios, que impossibilitam que os estudantes tenham aula por falta de energia.
Vigilantes em escola: sim ou não?
No final de 2022 foi apresentado o Projeto de Lei 2380/22, que obriga as escolas públicas e privadas de educação básica a contarem com serviços de vigilância patrimonial. A medida, apresentada pelo deputado Igor Kannário (União-BA), ainda está em discussão. Em defesa do projeto, o parlamentar argumentou que pouco se debate a segurança nas escolas, a não ser em casos de atentados que resultam em mortes. “A escola deve ser um lugar totalmente seguro para todos que ali se encontram. Há que se ter atenção com qualquer um que não esteja lá com o propósito de atuar ou colaborar para o processo educativo. Tampouco se pode descuidar da segurança da infraestrutura física, haja vista os custos envolvidos para sua renovação ou para efetuar reparos”, defende Kannário, segundo o site Câmara dos deputados.Por que contar com esses profissionais?
Vigilantes nas escolas tem como papel fundamental resguardar crianças, jovens e adultos durante a sua permanência. Eles atuam de forma preventiva e proativa onde necessitam da presença de um profissional preparado e treinado para atuar em situações de iminente ameaça a vida dos estudantes, professores e pais que transitam no ambiente escolar. Esse profissional de segurança também é responsável por zelar pelo patrimônio, principalmente nos dias em que escola estiver fechada, por isso, a presença física do vigilante bem treinando e bem postado é um fator inibidor de práticas delituosas e ataques contra alunos. + Vigilante armado ou desarmado? Saiba a diferença e qual contratar O vigilante se torna uma barreira entre o agressor e os alunos, tendo a capacidade de adotar o senso de percepção crítica para identificar indivíduos mal intencionados ou pessoas estranhas ao ambiente, verificar comportamento e atitudes suspeitas, podendo até emitir alertas e interagir imediatamente em situações de turba ou agressões. Para que haja um estado de segurança, existem três princípios que precisam ser seguidos em sua totalidade:- Recursos humanos de segurança – treinados
- Processos de segurança escritos e bem definidos;
- Tecnologia em segurança
Como os vigilantes devem agir em escolas?
Uma vez atuando em escola, é necessário preparo, tanto para lidar com os menores, como com os adultos, já que alguns atentados escolares são causados por maiores de idade e, em alguns casos, até mesmo pelos pais. Por isso, o profissional precisa saber atuar em todas as situações para saber como comandar. Os vigilantes devem estar posicionados em frente ao acesso principal, com o apoio do monitoramento ativo, informando para outro profissional cada atitude suspeita, tanto no ambiente interno quanto no externo, e caso haja uma situação de risco, o operador de monitoramento alertará o vigilante para que ele atue imediatamente. A instituição deve informar por meio de cartilhas informativas para os pais, professores e todas as pessoas que acessam a escola sobre os procedimentos de segurança adotados que objetiva preservar a integridade física da população circulante.Como atuar em casos de atentado?
O vigilante deve atuar de forma proativa, usando técnicas necessárias, como o uso progressivo da força para inibir e controlar o agressor. Paralelo a ação do vigilante, o operador de monitoramento ao sinal de distúrbio ou acionamento do botão de pânico, deve imediatamente acionar o plano de contingência ligando para 190 e informando que a escola está sobre o ataque ou atentado. Feito isso, o operador de monitoramento também deve acionar os serviços de emergência médica. + Vigilante noturno e diurno: saiba qual a diferença entre os dois Outro fator importante a ser informado para os serviços de utilidade pública, é avisar que no local tem um profissional de segurança privada que está contendo a situação até a chegada das forças de segurança e emergência.Atuação do segurança patrimonial
O vigilante pode atuar em várias frentes, sendo algumas delas:- Colégios e universidades
- Bancos
- Transporte
- Centros logísticos
- Empresas
- Portos e aeroportos