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Como lidar com pessoas com autismo?

Dificuldade de interação social e hipersensibilidade são os fatores principais do TEA.

Abril é considerado o mês da conscientização e visibilidade do Autismo.

Lidar com pessoas não é uma coisa das mais fáceis, afinal, os diversos estilos, gêneros, personalidades e pontos de vistas podem complicar, por vezes, nosso convívio e interação. Mas, se o convívio social já é difícil para as pessoas comuns, você já parou para pensar como deve ser para alguém que tem autismo?

Denominado como Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo é marcado pela dificuldade de se comunicar e interagir socialmente. É uma nuance que costuma ser diagnosticada na infância e que atinge tanto homens quanto mulheres, mas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o diagnóstico é mais frequente no sexo masculino. 

Esse assunto é tão importante e presente, que o mês de abril, considerado o “Mês Azul”, é dedicado à conscientização e visibilidade do autismo, tendo o dia 2 como o escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para ser o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.  

Métodos para lidar com portadores do TEA 

Se você não é mãe, pai ou conhece uma pessoa com autismo, é normal surgirem dúvidas a respeito de como se comunicar, já que a hipersensibilidade e dificuldade de interação são fatores principais do transtorno.   

Pessoas que lidam diretamente com o público precisam estar prontas para tudo o que acontece ao seu redor. Quem possui autismo geralmente fica isolado, não são receptivos ao contato físico, evitam olhar nos olhos dos outros, se fixam em uma única coisa, seja assunto ou objeto, costumam rir ou gargalhar em situações inapropriadas e não conseguem se relacionar facilmente. No entanto, existem medidas para acolhê-las. 

Saber se comunicar - Modular a voz e fazer entonações que demonstrem as emoções que quer passar é uma forma certeira para se comunicar. Outra coisa importante nesse momento de comunicação, é evitar frases longas. Dê preferência a comandos e sentenças breves.  

Desperte a atenção - Figuras, objetos e imagens são ótimos colaboradores para despertar o interesse da pessoa autista, porque dessa forma você fixa sua atenção e consegue minimizar os efeitos dos estímulos da luz e som.

Evite o contato e escolha as palavras certas - Hipersensibilidade é um dos fatores principais do autismo, por isso tenha cuidado com as palavras utilizadas e a intensidade com que fala, além de não fazer contato físico, caso não haja concessão.

Tranquilize-a - Ao perceber que uma pessoa autista está assustada, tente descobrir o que causou seu estado e faça o possível para reverter a situação. Por exemplo, se o que estiver incomodando-a seja um barulho, tente eliminá-lo. Já, se ela começar a se debater, retire os objetos ao redor que lhe possam ser prejudiciais.

Visão Geral  

Até 2019, estimava-se 70 milhões de pessoas no mundo eram portadoras do TEA. No Brasil, em 2020 foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro, a Lei do Autismo, denominada “Lei Romeo Mion”, que possibilitou a criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.  

Essa norma assegura que os portadores tenham direitos como: Atenção integral, Pronto Atendimento, Prioridade no Atendimento, acesso a serviços públicos e privados, principalmente os ligados à área da saúde, educação e assistência social.